Relato do parto do Francisco | Sentidos do Nascer

Relato de parto do Francisco, filho da Vanessa e do Gustavo, de Belo Horizonte.

Estávamos ansiosos com a chegada, tão esperada, do nosso primeiro filho!

Após assistirmos o filme “O Renascimento do Parto” com a equipe da enfermeira Miriam rego, na madrugada do dia 27 de setembro de 2014, nosso amado filho Francisco decidiu iniciar seu processo de vinda ao mundo, rompendo a bolsa por volta das 2:00 da madrugada.

Gustavo e eu ligamos para Miriam e avisamos a ela o ocorrido. No mesmo instante ela nos tranquilizou, dizendo que poderíamos voltar a dormir, enquanto as contrações não aparecessem; mas a perspectiva de sua vinda dificultou nosso sono e as contrações apareceram a partir de 3:00 da madrugada.

Miriam chegou a nossa casa às 4:20 horas e iniciamos um processo de alívio das contrações. A cada contração, Miriam gentilmente oferecia algo para alivar a forte cólica que sentia. A cólica irradiava para a região do final das costas; ela me ofereceu alguns óleos de massagem e eu os escolhi pelo cheiro. Optei pelo alecrim e aquele aroma, juntamente com outros cheiros, tomaram o ambiente. Algumas atividades como escalda-pés (feito de sal grosso e chá de canela, cravo, anis e outras ervas) me tranquilizaram. Consequentemente Francisco mantia seus batimentos cardíacos inalterados durante as contrações.

Ao longo do dia não consegui ingerir nenhum alimento, pois sentia um certo enjôo. Fazia o que meu corpo pedia e a cada contração, andava, emitia sons de mandras, agachava, apoiava me nos móveis e ficava de cócoras. Estava junto com meus familiares e conversava entre as contrações. Todas essas atitudes contribuíram para o meu conforto durante as contrações.

A presença de meu marido fazendo as massagens em minhas costas foi fundamental. Ele participou ativamente de todo o processo. Sem a presença dele, tenho certeza, não conseguiria me sentir tão forte e decidida para realizar nosso sonho de trazer ao mundo, com segurança, nosso amado filho.

As contrações ficaram mais fortes por volta das 9:00 horas e eu alcançara 5 centímentros de dilatação.

Miriam, pacientemente, me tranquilizava e me deixava muito segura.

Às 14:30 horas decidimos ir para a maternidade; o trajeto, longo, as contrações sentidas. Se pudesse voltar no tempo teria aceitado a presença da Miriam no carro até a maternidade santa fé.

Emerson, gentilmente nos recebeu na sala de parto. O alívio da dor das contrações acontecia de várias formas: banheira cheia com água quente, pontos de acumputura pressionados na parte inferior das pernas identificado por Emersom e a massagem incessante de meu marido.

Por volta das 17:00 horas conseguia ouvir alguns passarinhos cantando e Emerson me ofereceu a anestesia peridural. Estava decidida a não tomar nenhum tipo de medicamento para ter a consciência sobre meu corpo e o contato contínuo com o Francisco.

Assim que Emersom mediu a dilatação, ele me pediu que passasse para a cadeira, pois Francisco estava prestes a chegar. Com muita dificuldade, consegui subir na cadeira com a ajuda de meu marido e ficamos sentados juntos. A todo o momento ele me apoiava, oferecia carícias, enchendo-me de segurança e de força interna.

Assim que passamos para a cadeira Emersom me incentivava para ter força, sendo necessárias três contrações para a chegada de Francisco: nesse instante Emerson ajoelhado, de mãos estendidas, convidava carinhosamente Francisco para nascer, fazendo com que nos sentíssemos preparados para recebê-lo.

Estavam na sala de parto, além do meu marido e Emersom, a pediatra Soraya, as avós do Francisco (materna e paterna), em oração. Luiza registrava, por fotografia, todo o processo com muita sensibilidade. A emoção tomou conta do ambiente: Gustavo começou a chorar chamando alto pelo filho enquanto Francisco estava sendo recebido pelas mãos tão generosas do Emersom.

Soraya atentamente fez os primeiros atendimentos, logo após Gustavo cortou o cordão umbilical, selando a chegada tão especial do nosso guerreiro da luz!!

Esperamos, com esse relato, encorajar outras gestantes interessadas em ter seus filhotes de maneira mais natural possível. Infelizmente, na atualidade, é exceção.

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